23 de dez. de 2011

Campanhas Contra Homofobia

A Homossexualidade não é uma doença

 

PROBABILIDADE - MEC - Campanha Contra Homofobia 1

 

 

Temas que aumentaram o debate sobre os direitos LGBT

O ano foi marcado por diferentes ataques a homossexuais na região da avenida Paulista, em São Paulo. Em 12 meses, ocorreram ao menos seis ataques com motivação homofóbica no local. Os casos foram todos semelhantes. Jovens, em grupo, atacaram homens sozinhos ou em dupla, que caminhavam pela avenida durante a noite ou madrugada 

Paralelamente à violência física contra os homossexuais, o deputado federal Jair Bolsonaro se notabilizou pelas declarações fortes, muitas vezes grosseiras, sobre o tema. "Estou me lixando para esse pessoal aí [do movimento gay]. O que esse pessoal tem a oferecer para a sociedade? Casamento gay? Adoção de filhos? Dizer para vocês que são jovens que, no dia em que vocês tiverem um filho, se for gay, é legal e vai ser o 'uhuhu' da família? Esse pessoal não tem nada a oferecer".


A ex-atriz e agora deputada estadual Myrian Rios também se envolveu em polêmica ao declarar: "Não sou preconceituosa e não discrimino. Só que eu tenho que ter o direito de não querer um homossexual como meu empregado, eventualmente". E acrescentou: "Digamos que eu tenha duas meninas em casa e a minha babá é lésbica. Se a minha orientação sexual for contrária e eu quiser demiti-la, eu não posso". Diante da repercussão do caso, Myrian Rios se desculpou pelas frases.


A Câmara de Vereadores de São Paulo deu a contribuição mais folclórica ao assunto ao aprovar a criação do Dia do Orgulho Heterossexual, por sugestão do vereador Carlos Apolinário, para quem "o projeto é um protesto contra os privilégios dados aos gays". A decisão foi ridicularizada até no exterior. Pressionado por diversas entidades, o prefeito Gilberto Kassab vetou o projeto.

Uma frase inadequada, na visão do governo, levou a presidente Dilma Rousseff a suspender o chamado "kit anti-homofobia", um material a ser enviado às escolas com o objetivo de combater a violência e a homofobia. Dilma disse que não aceitaria "propaganda de opções sexuais". A decisão agradou a bancada evangélica, que dá apoio ao governo no Congresso. 

Do ponto de vista dos direitos, o mais importante foi a decisão unânime do Supremo Tribunal Federal a respeito da união estável. O STF considerou que uma união, para ser considerada estável, deve ser duradoura, pública, contínua e com o objetivo de constituir família. As uniões estáveis levam ao reconhecimento de todo casal heterossexual como "entidade familiar". Essa interpretação agora se estende a casais gays. 


Um decreto do governador do Rio, Sergio Cabral, estabeleceu que travestis e transexuais do Estado poderão usar nome social (o modo como as pessoas são identificados na sua comunidade e em seu meio social) para fazer matrículas em escolas, prestar queixa em delegacia e fazer cadastros públicos. A medida atendeu a uma antiga reivindicação dos travestis. 

O SBT fez história ao exibir um beijo caloroso entre duas mulheres na novela "Amor e Revolução". Foi o primeiro beijo gay em uma novela diária no Brasil. A repercussão da cena, no entanto, assustou a emissora, que determinou ao autor da trama, Tiago Santiago, que não tratasse mais do assunto. Uma segunda cena, já gravada, foi cortada, mas caiu na internet.

O jogador Michael, da equipe Vôlei Futuro, foi protagonista de uma das cenas mais impressionantes do ano. Sua equipe enfrentava o Cruzeiro, num ginásio lotado, com mais de 2.000 pessoas. Cada vez que tocava na bola, o público o ofendia com gritos de "bicha", "gay" e "viado". "Não acho que [minha orientação sexual] seja importante. Quem me vê dentro de quadra e me conhece sabe o que sou. Mas foi uma agressão." 

Casais heterossexuais não se casam por solidariedade a homossexuais

Uma pesquisa feita em um dos distritos de Chicago mostrou que a maior razão para casais heterossexuais da área optarem por fazer união civil e não se casarem é prestar solidariedade ao casais do mesmo sexo, que são proibidos de juntarem-se em matrimônio.

De 87 casais héteros que fizeram união civil, 12 disseram que a razão número um para tal é demonstrar a injustiça que ainda ocorre contra homossexuais. Na área, em seis meses, foram registrados 1.856 uniões civis, delas 138 foram feitas dentre casais de homem e mulher.

Aeromoças transexuais na Tailândia



A empresa aérea PC Air estreou nesta quinta(15/12/2011) sua primeira tripulação transexual em um voo doméstico, que partiu do aeroporto de Surat Thani, no sul da Tailândia. Com o objetivo de se diferenciar da concorrência e mostrar tolerância, a companhia contratou as aeromoças após disputado processo seletivo. Os requisitos para contratação foram os mesmos das mulheres, como beleza e feminilidade.

22 de dez. de 2011

Beijo de oficiais lésbicas da Marinha americana marca direitos gays no país

Marinheiros sorteiam oficial para desembarcar primeiro e beijar amado(a).  Base naval da Virgínia foi palco de 1º beijo gay na tradição militar do país.

As oficiais Marissa Gaeta e Citlalic Snell se beijam na base naval de Virginia Beach, na Virginia (Foto: AP/Brian J. Clark/The Virginian-Pilot)



Uma oficial da Marinha americana que voltou à terra firme nesta quarta-feira (21) após 80 dias no mar foi recebida com um beijo que significou um marco na batalha pelos direitos de homossexuais nos Estados Unidos.

Tradicionalmente, os marinheiros fazem um sorteio para escolher um oficial que tem alguém lhe esperando em terra para descer primeiro do navio e ser recebido com um beijo apaixonado. A oficial de 2ª classe Marissa Gaeta foi sorteada ao chegar na base naval de Virginia Beach, na Virginia, e desembarcou para dar um beijo em sua namorada, a também oficial da Marinha Citlalic Snell.

Foi a primeira vez registrada em que o sorteio escolheu um oficial abertamente homossexual. Em junho deste ano, o presidente Barack Obama assinou o fim da lei de 1994 que impedia que soldados abertamente homossexuais servissem às Forças Armadas do país, após receber a aprovação do Pentágono.


20 de dez. de 2011

artistas que levaram o gay ao extremo na música




Long John Baldry: pioneir


Um dos primeiros músicos pop a se declarar abertamente gay foi Long John Baldry, figura histórica inglesa, que esteve no momento de revival do blues no país no fim dos anos 50 até os 60 ( chegou a ter um relacionamento com o guitarrista da banda, Dave Davies). Baldry liderou a banda Bluesology, que tinha um pianista em começo de carreira chamado Reggie Dwight, que anos depois assumiria o nome de Elton John. Segundo o próprio Baldry, Elton John teria tentado cometer suicídio após problemas com uma namorada, Os dois amigos ajudaram o cantor a lidar com a própria sexualidade e até viraram tema de música.


Cris Williamson: pioneirismo lésbico


A compositora folk, junto com Meg Christian e Judy Dlugacz, fundou em 1973 o primeiro selo dirigido por mulheres, produzindo música de mulheres para mulheres, o Olivia Records. Williamson foi uma importante ativista do movimento feminista e lésbico durante os anos 70. Seu álbum, ‘The Changer and the Changed’, lançado em 1975 pela Olivia, é um dos álbuns independente mais vendidas na história, com mais de 500 mil cópias. A compositora continua na ativa até hoje, seu último de inéditas é de 2008, o ‘Winter Hearts’, além de ser referência história na luta pelos direitos das mulheres e do movimento lésbico.


Rob Halford: metal gay


Em um meio que é marjoritariamente machista, o vocalista de uma das maiores e mais importantes bandas do estilo, o Judas Priest, sair do armário causou bastante polêmica. Ela assumiu a homossexualidade durante uma entrevista para a MTV gringa em 1998, depois de décadas dentre do armário.


Gaahl, do Gorgoroth: gay no Black Metal


O black metal é uma das derivações mais fechadas e mais controversas do som pesado. Surgido no meio dos anos 80, com bandas fazendo referências à cultura pagã nórdica, ou satanismo, ou movimentos políticos de extrema direita ou tudo isso junto, era de se esperar que a saída do armário de norueguês Kristian Espedal, vocalista de uma das mais conhecidas bandas do gênero, causaria furor. Segundo o próprio, em 1998, detratores do músico teriam ameaçado expor a sua sexualidade, portanto ele achou melhor assumir de uma vez. Em 2010 Gaahl, já fora do Gorgoroth , ganhou o prêmio de homossexual do ano no evento Bergen Gay Galla, na Noruega.


Queercore: hardcore politicamente gay


O punk sempre foi gay. No começo, a ideia era chocar, ser extremo. Com o tempo, principalmente a partir do final dos anos 70, a coisa começou a ficar séria e, respondendo à própria comercialização do punk, muitas bandas incorporaram discursos e atitudes políticas. A bandeira gay foi uma das principais causas abraçadas e gerou inúmeros movimentos, como o queercore, surgido ali no meio dos anos 80. Dizem que tudo começou com um zine, o ‘J.D.s’, de raízes anarquistas e com um discurso de ir além das categorias, como diz o manifesto ‘Don’t Be Gay’. A quantidade de bandas é gigante, como 7 Seconds, Team Dresch, The Apostles e muitos, muitos outros, Filmes, zines, e todo tipo de arte também foram e ainda são produzidos pelos movimentos, que são a base do que veio a ser o Rrriot Girl do começo dos 90.


Throbbing Gristle: arte gay de vanguarda


Liderada pelo gênio Peter Christopherson, os britânicos do Throbbing Gristle são consideradas umas das mais inovadoras bandas do pós-punk inglês. Formada em 1975, suas performances tinham de tudo, de vômito no palco à nudez, e eram consideradas históricas. Christopherson também foi um dos primeiros músicos de sua geração a se declarar homossexual, e não raramente aproveitava o show da banda para disparar ácidos e contundentes discursos contra a homofobia e a “perversões cristãs” como a monogamia.